Limeira

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2º Encontro Municipal de Educação Continuada

Seja bem vindo!

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  • SIMEI SOUZA CAMPOS

    CEIEF MARIA PAULINA RODRIGUES PROVINCIATTO, PROFA.

    Quatro meses

    AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA

    Desde muito cedo a criança começa a interagir com o mundo letrado. Primeiramente, apenas como espectadora e à medida que vai crescendo, no convívio com pares mais velhos, com os pais, educadores e professores, esse contato vai se tornando mais frequente e significativo. Na Educação Infantil a criança já encontra a necessidade de reconhecer algumas palavras, como por exemplo, o seu nome e dos colegas de turma, na identificação de materiais escolares, objetos pessoais, roupas etc. Nesse sentido, o trabalho realizado teve como foco a aquisição do sistema de escrita através do ensino do alfabeto em atividades lúdicas, músicas, lista de nomes, jogos e brincadeiras divididos em diferentes momentos.

    • Apropriar-se do sistema de escrita; • Apresentar o alfabeto e os sons das letras de forma significativa.

    • Pronúncia correta das palavras; • Significado das palavras; • Ampliação de repertório vocabular, introduzindo novas palavras; • Texto de tradição oral; • Leitura de diversos textos, considerando diferentes possibilidades de produção de sentido; • Alfabeto; • Ordem alfabética e seus usos sociais; • Utilização das letras do alfabeto nas tentativas de escrita, com compreensão do princípio alfabético da língua; • Traçado convencional das letras.

    1º momento: gênero cantiga As brincadeiras musicais são muito importantes para o desenvolvimento integral da criança, pois trabalha a socialização, o senso melódico e rítmico, a expressão corporal e a oralidade. Nessa etapa de escolaridade a criança manifesta habilidade de cantar músicas curtas (cantigas) ou partes de uma música mais elaborada. Cantando individual e coletivamente as crianças aprendem também a ouvir a si mesma, ao outro e ao grupo como um todo. Atividade 1 Para trabalhar com a música “A-E-I-O-U” do Grupo TRIII, o professor primeiro ensinou os gestos que representam as vogais (conforme a música). Depois, apresentou a música para que as crianças acompanhassem com os gestos ensinados (vídeo). Na sequência apresentou o registro escrito em cartaz realizando a leitura do mesmo. Em seguida solicitou que as crianças localizassem algumas palavras do texto: CAFÉ, OVO e LUA. MÚSICA: A – E – I – O – U (Grupo Triii) PROCURANDO BEM EU SEI QUE TEM NO INÍCIO DO AMOR EU VEJO A PROCURANDO BEM EU SEI QUE TEM NO PÉ DO CAFÉ EU VEJO E PROCURANDO BEM EU SEI QUE TEM NO FIM DO PIAUÍ EU VEJO I PROCURANDO BEM EU SEI QUE TEM NAS PONTAS DO OVO EU VEJO O PROCURANDO BEM EU SEI QUE TEM NO MEIO DA LUA EU VEJO U. A –E – I – O – U Atividade 2 - O sapo não lava o pé: foi apresentado um cartaz com a cantiga ilustrada e pedido para que a turma fizesse a leitura das imagens e identificasse sobre o que se tratava. Em seguida o professor realizou a leitura das imagens e enfatizou as palavras que estavam escritas embaixo de cada figura, depois as crianças realizaram a leitura individualmente. Em outro momento a turma cantou a música várias vezes acompanhada por instrumento musical, por vídeo e a capela. Nessa atividade utilizamos também gestos da música “A-E-I-O-U” do Grupo TRIII para representar as vogais da palavra SAPO. Para finalizar conversamos sobre a música, o personagem, sua moradia e o significado do seu mau hábito. 2º momento: gênero lista Depois de explorar os textos com as crianças, o professor fez a leitura das listas com o objetivo de possibilitar que as crianças refletissem acerca das questões do sistema de escrita alfabético, com foco nas relações existentes entre som e grafia para a formação de sílabas e palavras veiculando sentido e auxiliou as crianças de modo a aprender a utilizar e coordenar as estratégias de leitura. Atividade 3 O professor iniciou apresentando a lista de chamada das crianças com os nomes em fichas em ordem alfabética. Na sequência misturou as fichas e propôs que cada criança colocasse em ordem alfabética. Depois brincou com o nome das crianças, individualmente. Exemplo: MARIA (as crianças fizeram os gestos utilizados na música do grupo TRIII que representam as vogais A, I, A). Atividade 4 - Reconhecimento dos nomes com fotos: Os nomes das crianças ficaram dispostos no chão, de forma que as crianças pudessem caminhar entre eles. A fotografia de cada criança foi colada em um suporte (tampa transparente de pote de doce) para maior durabilidade. Os suportes com as imagens foram agrupados próximas aos cartões com os nomes. Cada criança pegava um suporte com a imagem de um colega e procurava o nome correspondente. Ao encontrar, colocava a imagem junto ao nome. Quando a criança encontrava o nome, o professor questionava sobre a letra inicial do mesmo, sua pronúncia e outras palavras que começavam com essa letra. Atividade 5 - Chamadinha: os palitos com os nomes das crianças e a base de isopor foram colocados no chão, para uma melhor visualização e as crianças sentaram em volta. O professor chamou uma criança e pediu para que identificasse seu nome. Se a criança não conseguisse, os colegas poderiam ajudá-la. Ao encontrar o nome, a criança fixava o palito na base de isopor. Depois que todas as crianças encontraram seus nomes, o professor perguntou sobre quem foi o ajudante do dia anterior e qual palito correspondia a esse nome. Na sequência, as crianças identificaram a letra inicial e a letra subsequente de acordo com a ordem alfabética. Ao identificarem a próxima letra do alfabeto, a turma, com a ajuda do professor, buscou identificar essa letra no início do nome do ajudante do dia. Atividade 6 - Fila em ordem alfabética: o professor pediu para as crianças identificarem em seus cartões, a inicial de seus nomes. Em seguida mostrou a primeira letra do alfabeto e perguntou se alguma criança tinha aquela letra no início do nome. Caso tivesse, a criança tomava seu lugar na fila e assim sucessivamente com todas as letras do alfabeto até completar a turma. Nas situações em que havia dois nomes com a mesma letra, o professor fazia a comparação da segunda letra dos nomes juntamente com as crianças. Atividade 7 - Registro do nome: A criança recebeu um cartão e as letras móveis com seu nome e uma moldura retangular (guia) para enquadrar as letras. A “guia” foi colocada sobre o cartão na primeira letra do nome. A criança procurou a letra móvel correspondente e a colocou na mesma direção da letra inicial do seu nome. Na sequência, a criança mudou a guia para a segunda letra e procurou a segunda letra móvel e assim sucessivamente até completar seu nome. Posteriormente, a criança retirou a guia e continuou a atividade sem o cartão para que tentasse o registro sem o apoio, utilizando o cartão apenas para conferir. Atividade 8 - Traçado das letras: o professor dividiu as letras do alfabeto em grupos conforme o tipo de traçado. Na sequência mostrou a letra de diversas maneiras e em diferentes portadores. Em seguida o professor escreveu a letra no chão e propôs que a turma também escrevesse a letra no chão, na lousa e em folha. Na lousa e no chão, as crianças utilizaram um delimitador de espaço, feito de papelão. Na sequência, o professor passou para outra letra até completar o alfabeto. A partir da atividade do traçado, a criança foi estimulada a escrever sua primeira palavra: o nome próprio. Atividade 9 - Lista de nomes de animais: Nessa atividade, o professor socializou a proposta com a turma para identificarem alguns animais em uma lista. Levantou os conhecimentos das crianças sobre o nome dos animais. Em seguida, entregou uma lista contendo dez nomes de animais em folha de sulfite. Depois propôs a leitura dessa lista. Na sequência, realizou a leitura da comanda às crianças: “Vocês têm em mãos uma lista com dez animais e devem localizar três animais: BORBOLETA, GATO e MACACO”. A lista sugerida na folha das crianças foi: ARANHA, BORBOLETA, CACHORRO, ELEFANTE, FOCA, GATO, JACARÉ, LEÃO, MACACO e SAPO. Atividade 10 - Alfabeto dos bichos: as letras foram colocadas no chão, em ordem alfabética e os bichinhos de brinquedo espalhados próximos às letras. O professor chamou uma criança para escolher um animal e perguntou para a turma que animal foi escolhido. Ao identificar o nome do animal, a criança foi orientada a identificar a letra inicial. Nos casos em que a criança tinha dificuldade para encontrar, os colegas eram solicitados para ajudá-la. 3º momento: jogos e brincadeiras Através de jogos e brincadeiras, o professor buscou interagir com as crianças. De acordo com ARCE (2013), a interação com adultos é o ponto de partida para que a brincadeira ganhe corpo e, também, para que, aos poucos, a interação com os pares ganhe forma e vida. Nesse sentido, o papel do educador passou de um simples observador externo dessa atividade para alguém que planeja e atua direta e intencionalmente para o desenvolvimento integral da criança. Atividade 11 - Amarelinha das vogais: o professor desenhou a amarelinha no chão ou em papelão em formato de cruz, contendo cinco quadrados, e em cada quadrado uma vogal. Próximo a cada vogal foi colocado um bichinho ou objeto iniciado com essa letra. O professor mostrou a vogal e o bichinho para a criança, como por exemplo: - A de aranha. A turma ficou sentada em volta da amarelinha e uma criança iniciou a brincadeira enquanto os outros observavam. O professor ditou a letra e o nome do bicho, estimulou a criança repetir a palavra e pediu que pulasse no quadrado correspondente. A segunda parte da atividade consistiu em tirar os bichinhos ou objetos, deixando só as letras. Atividade 12 - Trilha das vogais: o professor fez uma demonstração do exercício na trilha para as crianças. Pulou na letra A e disse: A de quê? Estimulando-as a responderem. Nas situações em que a turma não respondeu, o professor deu outros exemplos: - A de aranha, de Arthur, ou alguma outra palavra significativa para a turma. Em seguida, o professor pediu para uma criança fazer o percurso, depois outra e outra, enquanto os demais observavam. A atividade ocorreu diariamente, toda vez que a turma entrava na sala, uma criança tentava pular nas letras e recitá-las até toda turma passar pela atividade. Atividade 13 - Vamos arrumar essa bagunça?: as caixas foram disponibilizadas de frente para as crianças que estavam sentadas no chão. Os objetos iniciados por vogais foram espalhados no chão, de forma que todas as crianças pudessem ver. O professor chamou uma criança de cada vez e pediu para que escolhesse um objeto, falasse o nome do mesmo e sua letra inicial. Em seguida, pediu que encontrasse a caixa correta (identificada com a letra) para guardá-lo. Depois de ter aplicado a atividade algumas vezes, o professor refez a brincadeira em duplas e grupos para fazer uma gincana, marcando o tempo das equipes. Atividade 14 - Espelho meu: o espelho e os banners foram colocados à altura média das crianças. O trabalho foi realizado individualmente. O professor apresentou um banner com a imagem de uma criança pronunciando uma vogal, pediu para a criança imitar a articulação da boca na imagem e pediu para a criança identificar a letra pronunciada. Na sequência, solicitou que a criança falasse o nome de um objeto iniciado com aquela letra. Atividade 15 - Pega letra: a turma foi separada em duplas e o professor disponibilizou as cinco vogais para cada dupla. Na sequência, o professor falou o nome de uma letra, as crianças pegavam a vogal ditada, faziam a articulação da boca e diziam uma palavra que começasse com essa letra. Quando acabaram todas as letras, o processo se iniciava novamente. O professor iniciou a brincadeira junto com as crianças que conseguiam assimilar as regras, à medida que as demais iam observando. As duplas foram divididas de acordo com o nível próximo de aprendizagem das crianças. Atividade 16 - Método das “boconas”: os banners (com imagem da boca pronunciando uma vogal) ficaram dispostos em círculo, em uma sala grande, para melhor visualização. O professor espalhou as letras no chão ou jogou para cima, para uma brincadeira mais animada. As crianças pegavam as letras e procuravam o banner com a boca correspondente. O professor auxiliou as crianças mostrando como se articula a boca para dizer o nome da letra e pediu para a criança ir até o banner, o qual apresenta a imagem do mesmo movimento.

    O professor avaliou as crianças em cada atividade executada nos diferentes momentos: na identificação das letras dos animais ou objetos solicitados; pulando corretamente nos quadrados com as vogais pedidas; avanço das crianças individualmente, enquanto realizavam o percurso da trilha; identificação dos objetos e as caixas na qual os mesmos foram guardados; relacionavam as letras do alfabeto ao som inicial de uma palavra; reconhecimento das letras, seus sons e as articulações necessárias para pronunciá-las; percepção da relação entre som e grafia; e as relações de significação das palavras no texto oral ou escrito. As atividades partiram da leitura de textos como recurso e o professor buscou despertar na criança o interesse para entender o que estava escrito, relacionando com a imagem ilustrativa. Assim, as atividades tornaram-se mais interessante para ela, que passou a examiná-la por muito mais tempo. As crianças reconhecem as letras do alfabeto num contexto significativo, ou seja, em camisetas, textos, livros e outros portadores. Em alguns momentos essas letras são reconhecidas nas palavras na tentativa de leitura global. A maioria das crianças da turma assina suas atividades autonomamente e cuida muito melhor do seu material escolar a partir do momento em que passaram a identificá-los com seus nomes. O trabalho executado trouxe aspectos positivos, pois as crianças desenvolveram iniciativa em atividades de rotina e atividades pedagógicas, aprenderam a trabalhar em grupo, se organizarem e aumentaram sua capacidade de concentração. Ao final do projeto, nota-se que as crianças evoluíram consideravelmente, visto que a proposta evidencia evolução em vários aspectos da aprendizagem, inclusive abrangendo outras áreas do conhecimento.

    ARCE, A. Interações e brincadeiras na Educação Infantil. Campinas, SP: Editora alínea, 2013. Vários autores. KLEIN, L. R.. Alfabetização e Letramento: considerações sobre a prática pedagógica no ensino da língua. In: XII ENDIPE, 2004, Curitiba. Conhecimento Local e Conhecimento Universal: a aula e os campos do conhecimento. Curitiba: Champagnat, 2004. v. 3. p. 253-262. LIMEIRA, SME. Currículo da rede municipal de ensino de Limeira. Secretaria Municipal de Educação. Limeira, SP – 2019.

     
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