Limeira

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2º Encontro Municipal de Educação Continuada

Seja bem vindo!

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  • ANA PAULA CASTELLO COMINATTO

    EMEIEF MARIA APP. DE LUCA MOORE, PROFA.

    Um trimestre

    PROJETO INSTITUCIONAL DE LEITURA PROPOSTA DE TRABALHO COM O TÍTULO “O MENINO DO DEDO VERDE”, MAURICE DRUON PARA OS 5° ANOS DE ESCOLARIDADE

    A leitura é um dos recursos mais importantes para que ocorra o desenvolvimento da cognição humana, intelecto. Ela é uma das principais responsáveis pela construção do nosso vocabulário, aprimoramento da escrita, e do exercício da memória e da imaginação. No entanto, em meio as tecnologias e recursos audiovisuais, como computadores, televisões, tabletes e smartphones a leitura tem sido postergada, e motivo de preocupação no meio pedagógico. O grande desafio dos docentes se baseia na desconstrução do paradigma de que a leitura é algo monótono, tentando torná-la atrativa e prazerosa para o discente, para que adquiram o hábito da leitura. A leitura é uma prática social, pois não visa apenas a formação acadêmica do aluno, conteudista, mas também a formação do indivíduo como agente ativo na sociedade em que está inserido, um cidadão. “Aprender a ler significa aprender a ler o mundo, e a função do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas a de criar condições para o educando realizar a sua própria aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidades, fantasias, seguido as dúvidas e exigências que a realidade lhe apresenta”. (MARTINS, 1999, p.34). A leitura deixa de ser apenas a decodificação de códigos linguísticos, ela perpassa pela capacidade de compreender, interpretar, conhecer/compreender um mundo de prazer, e fazer questionamento, ativando o senso crítico. A leitura de um livro realizada com prazer, faz com que imaginemos e visitemos lugares que nunca fomos, de conhecer e se emocionar por histórias que se aproximam ou não do nosso cotidiano e provocar experiências que talvez nunca tenhamos. Nos leva a ter diferentes pontos de vistas, ampliando nosso repertório de sentimentos e conhecimento de mundo. Considerando a vasta importância da leitura e principalmente de obras literárias, este projeto vem para aguçar e apurar o senso do prazer estético pela leitura do livro “O menino do dedo verde” de Maurice Druon. Oferecendo propostas/ações de pré-leitura, durante, e pós-leitura que incentivem e a prática da leitura. As propostas desenvolvidas ao longo do projeto estão relacionadas com a história do livro e serão desenvolvidas em espaços escolares e não escolares, buscando sensibilizar os alunos, expor sensações vividas, oferecer experiências das diferentes formas de leitura, coletiva, individual e compartilhada e desenvolver a afetividade, promovendo uma mudança gradativa de atitude.

    Os objetivos elencados foram baseados no conteúdo do Currículo Municipal de Limeira visando atender as necessidades propostas. Objetivo/ Leitura 1. Ler com fluência e autonomia, (silenciosamente e em voz alta) demonstrando compreensão de diversos gêneros de acordo com as convenções, considerando a situação comunicativa, o tema/assunto do texto; 2. Comparar textos que tratam do mesmo tema, identificando formas diferentes de apresentar a informação em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido em gêneros não literários. 3. Reconhecer a unidade temática, presente nos gêneros; 4. Identificar a finalidade dos gêneros: e-mail, reportagem, narrativa, textos midiáticos e sinopse. 5. Apreciar e indicar textos literários, exprimindo sentimentos, ideias e opiniões provocadas pela leitura; 6. Distinguir aspectos relacionados a fatos e acontecimentos (evidências) de opiniões sobre determinado assunto; 7. Encontrar informações em diferentes gêneros: sinopse. 8. Identificar aspectos recorrentes à diferentes gêneros textuais; 9. Realizar pesquisas digitais; 10. Compreender e analisar os aspectos e o contexto de produção da obra, edições, tradução e publicação; Objetivo/Oralidade 1. Elaborar respostas às perguntas pertinentes ao tema abordado; 2. Argumentar oralmente, expondo de maneira clara sequenciada, sustentando seu ponto de vista; Objetivo/Análise Linguística 1. Inferir tema ou assunto principal de um texto com base em informações contidas em título, subtítulo ou corpo de texto.

    Os conteúdos elencados foram retirados do Currículo Municipal de Limeira que propõe “consolidar os objetivos”. Conteúdo/Leitura 1. Leitura fluente e autônoma, demonstrando compreensão de diversos textos; 2. Relações de intertextualidade (gêneros iguais ou diferentes), identificando pontos de convergência, divergência, semelhanças, diferenças: artigo de opinião e reportagem. 3. Identificação da unidade temática presente nos gêneros: resenha; 4. Identificação da finalidade (uso social) dos gêneros previstos para o ano; 5. Apreciação e indicação literária, exprimindo sentimentos, ideias e opiniões provocadas pela leitura; 6. Distinção de aspectos relacionados a fatos e acontecimentos (evidências) de opiniões sobre determinado assunto: crônica, notícia, reportagem, artigo de opinião, carta do leitor, carta de reclamação, texto científico, e-mail; 7. Localização de informações explícitas que evidenciem sequência temporal de acontecimentos e mudança de lugar: narrativa e resenha; 8. Inferência de informações implícitas em um texto, a partir da compreensão textual e/ou contexto discursivo (autor, finalidade, contexto histórico, leitor); 9. Campo das práticas de estudo e pesquisa: Pesquisas digitais; 10. Finalidade de leitura: Compreensão: Ativação de conhecimentos, antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos, checagem de hipóteses, síntese de informações contidas no texto, redução de informação semântica, localização de informações, construção de informações a partir de comparação de trechos do texto, produção de inferências locais e globais. Conteúdo/Oralidade 1. Elaboração de respostas às perguntas pertinentes ao tema abordado (debate regrado, roteiros de reportagem e entrevista); 2. Utilização de argumentos para sustentar seu ponto de vista, com base em informações estudadas. Conteúdo/ Análise Linguística 1. Contexto de produção; Reconhecimento da estrutura composicional, formatação e diagramação específica de cada gênero e tipologia predominante;

    Inicialmente realizaremos atividades de pré-leitura com o objetivo de sensibilizar os alunos, para a leitura do livro. Faremos uma visita a um campo florido ou um grande jardim, onde após o contato com as flores, a apreciação e fotos, realizaremos uma roda da conversa. Durante a roda da conversa serão realizados alguns questionamentos: 1º O que você sentiu durante a visita? 2º Que sentimentos e expressões foram possíveis observar nos colegas e professores durante a visita? 3º O lugar que visitamos, tem atraído muitos visitantes, até mesmo de cidades da região, por que você acha que isto está acontecendo? 4º Por que vocês acham que a maioria das pessoas gostam de ganhar flores ou estar entre elas? 5º Vocês acham que as flores podem servir como presentes em ocasiões especiais, quando se pretende fazer um agrado, ou homenagear alguém? Logo após a visita, levaremos os alunos num espaço agradável da escola, e com uma música, eles deverão desenhar o que sentiram durante essa experiência e escrever um sentimento que representaria a sensação. Posteriormente, faremos a relação com o que os alunos sentiram durante este estudo de campo, e trechos do livro, durante a realização da leitura, questionando- os e enfatizando o bem que Tistu, personagem principal do livro, faz utilizando apenas o seu dom de plantar flores. Levaremos ainda à reflexão de como podemos realizar mudanças na vida de outras pessoas e de locais com gestos e ações e faremos a proposta de realizar algo que faça a diferença. Atividade de Pré-Leitura Conhecendo o livro Após o primeiro contato com o livro, no qual os alunos poderão observar características do portador (autor, editora, ilustrações, etc), passaremos para uma conversa inicial com questionamentos (orais) para levantamento de conhecimentos prévios. Apresentaremos algumas das várias edições deste título e posteriormente faremos alguns questionamentos pertinentes para o momento. Explicaremos o que são edições e reimpressões, enfatizando a importância e a fama deste título. Em seguida provocaremos a reflexão quanto, ao que faz com que um livro com tanto tempo de existência tenha a necessidade de novas impressões? Neste momento desejamos que os alunos percebam que, se o livro precisou de tantas edições e reimpressões sua leitura deve ser muito interessante. Sugestões de questionamentos: 1. Por que você acha que há tantas edições diferentes deste livro? 2. Você sabe quando ela foi publicada pela primeira vez? 3. Os livros são diferentes, mas e o conteúdo deles permanece o mesmo? Figura 001 – Publicação francesa, 1957 (FONTE: imagem retirada da internet) Figura 002 – Publicação brasileira, 17° Edição (FONTE: imagem retirada da internet) Figura 003 – Publicação brasileira, 32° Edição (FONTE: Imagem retirada da internet) Figura 004 – Publicação brasileira, 117° Edição (FONTE: Imagem retirada da internet) Faremos a proposta aos alunos para que realizem pesquisas na internet e a leitura da sinopse e indicações literárias deste título, com o uso dos tabletes. Após a pesquisa deverão responder oralmente as seguintes questões: 1º Após a pesquisa, sobre o que vocês acham que o livro trata? 2º Foi possível identificar o cenário da história apenas com a leitura da sinopse? 3º E os personagens, foi possível identificar? 4º Vocês acham que o menino tem realmente “o dedo verde”? 5º Na sinopse diz que o menino é diferente de todos os outros. Por que vocês acham que ele é diferente? 6º A sinopse e as indicações trazem o fim da história? Que informações estes textos trazem? 7º A sinopse também diz que o menino não consegue frequentar a escola, qual seria o motivo dele não conseguir frequentá-la? SINOPSE Conforme descrito Moutinho (1973) publicado com o título “Um acontecimento a destacar” publicado pelo jornal a Folha de São Paulo em junho de 1973, e como sinopse no próprio livro “O Menino do Dedo Verde” – referência à publicação na edição 81° do ano de 2007 – onde inicialmente apresenta ao leitor um fator que garante a credibilidade do trabalho de Druon, que do seu ponto de vista fica a cargo do tradutor, Dom Marcos Barbosa: Trata-se de um dos acontecimentos, não direi literários, mas poético, do ano, o lançamento deste livro de Maurice Druon, traduzido por um dos mais completos conhecedores da linguagem lírica no Brasil, Dom Marcos Barbosa. O fato do monge beneditino, recriador no nosso idioma de O Pequeno Príncipe, haver se dedicado a verter esse outro texto, já é uma espécie de garantia prévia no tocante à sua qualidade, ao seu lirismo, à sua lição de poesia e de verdade (MOUTINHO, 1973). Moutinho (1973) engrandece o trabalho de Druon expondo que a obra não restringe ao público juvenil, mas também se trata de uma obra a ser apreciada por adultos que ainda mantem vivo o seu “espírito da infância, isto é, o espírito de poesia” (MOUTINHO, 1973): Maurice Druon, embora acadêmico e autor de romances históricos, nada perdeu de flexibilidade, de gratuidade lírica, não se deixou esclarecer nem emburguesar pelos títulos, lauréis e outras prendas da velhice. É capaz de articular um relato nesse dificílimo idioma que adultos e crianças entendem, os primeiros, é claro, se não mataram em si o espírito da infância, isto é, o espírito de poesia. Livro para reler ao longo dos anos, se temos a sorte de descobri-lo na idade cronológica certa; livro para meditar em toda a sua riqueza, se já o recebemos adultos (MOUTINHO, 1973). E ao citar o trabalho de Antoine de Saint-Exupéry, a obra “O Pequeno Príncipe” com sua primeira publicação em abril de 1943, Moutinho (1973) comparando com a obra de Druon, baseia-se na observação de Dom Marcos Barbosa: engrandece responsável pela tradução da obra por si sobre correlação entre os trabalhos de Maurice Druon e, autor do livro: O paralelo com o récit hoje clássico de Saint-Exupéry não é exagerado. Dom Marcos, que verteu a ambos para o nosso idioma, confessa que só deu pela semelhança quando terminou o trabalho e se pôs a refletir criticamente sobre o livro. De fato, O Pequeno Príncipe pertence a uma mitologia; Tistu, o menino do dedo verde, está, ao contrário, preso às contingências sociológicas do mundo em que existimos. O primeiro é intemporal, o segundo é filho da era da poluição, de agressividade e do desentendimento. Sua missão é justamente despoluir, humanizar, reintroduzir a poesia num universo do qual ela se encontra exilada. Sobre um mundo cinza e enlutado. Tistu deixa impressões digitais misteriosas que suscitam o reverdecimento e a alegria. Tão apaixonante quanto o Pequeno Príncipe, sua tarefa é mais urgente e mais original (MOUTINHO, 1973). A leitura da sinopse de Moutinho (1973) será realizada em sala de aula fazendo uso do próprio livro. Apresentaremos aos alunos diferentes gêneros textuais tratando da mesma temática: o livro “O menino do dedo verde”, e posteriormente assistirão um vídeo sobre uma crítica e indicação ao livro realizada por uma criança. Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=P8bKuQ1l9aU Após a leitura e observação feita pelos alunos em duplas, passaremos para as discussões sobre as observações feitas, acerca das características de cada texto lido, as diferenças e semelhanças entre eles, entre outras questões pertinentes para o momento. Veja abaixo a resenha do livro, escrita por um leitor e os comentários de pessoas que leram essa resenha. Figura 005 – Resenha escrita por um leitor publicada em rede social (FONTE: https://www.skoob.com.br/livro/resenhas/1268/mais-comentadas/) Figura 006 – Comentários sobre a resenha feita por um leitor publicada em rede social. (FONTE: https://www.skoob.com.br/livro/resenhas/1268/mais-comentadas/) Figura 007 – Comentários sobre a resenha feita por um leitor publicada em rede social. (FONTE: https://www.skoob.com.br/livro/resenhas/1268/mais-comentadas/) ? Veja agora a indicação literária feita por uma professora: Figura 008 – Indicação literária (FONTE: http://www.brasilsolidario.org.br/blog/?p=51278) Sugestões de questionamentos: 1. Vocês perceberam alguma semelhança entre esses textos? 2. Qual o tema que estes textos tratam? 3. Onde você acha que podemos encontrar textos como estes? 4. Vocês ficaram sabendo o final da história após ler algum deles? 5. Em algum deles é possível ver a opinião de quem escreveu? 6. Você sentiu-se mais motivo para ler livro, após ter lido esses textos? 7. Quais informações da história vocês ficaram sabendo após a leitura destes textos? 8. Com qual finalidade as pessoas escrevem resenhas ou fazem indicações de livros? Observação: Gostaríamos de salientar que a apresentação destes textos durante as atividades de pré-leitura com certeza desenvolverão e trabalharão muitos descritores e habilidades, porém, não perderemos o principal foco ou intenção que é desenvolver o prazer pela leitura, a competência leitora, promover diálogos reflexivos sobre o que está sendo lido; sendo assim os questionamentos serão feitos oralmente e as pesquisas com uso de recursos tecnológicos (tabletes, computadores) para que as atividades sejam sempre motivadoras e estimulantes. Não trabalharemos durante os projetos institucionais de leitura, gêneros ou conteúdo que utilizam o livro como pretexto para isso, todas as atividades desenvolvidas terão sempre a intenção de provocar, estimular e despertar o gosto pela leitura! “Quando os grandes falam em voz alta, as crianças não os ouvem, mas quando as pessoas grandes começam a falar em voz baixa e a dizer segredos, logo os meninos apuram o ouvido e procuram escutar justamente aquilo que não lhes queriam dizer.” (DRUON, 2007, p. 71). Conhecendo o autor Após as discussões anteriores, passaremos para as atividades, pesquisas e discussões sobre o autor. Apresentaremos a biografia de Maurice Druon, e juntamente com os alunos faremos a leitura e as discussões sobre curiosidades da vida do autor. Questionaremos novamente quanto a razão de tamanho prestígio querendo provocar nos alunos o reconhecimento da qualidade literária que teremos a oportunidade de desfrutar. QUEM FOI MAURICE DRUON? Nascido em Paris, em 23 de abril de 1918, Maurice Druon tinha entre seus antepassados um bisavô brasileiro, o escritor, jornalista e político maranhense Odorico Mendes (1799-1864), que se notabilizou como tradutor de Homero e Virgilio. Druon era sobrinho do escritor Joseph Kessel, com quem escreveu o "Canto dos Partidários", que, sobre uma música composta por Anna Marly, servira de hino aos movimentos da Resistência durante a Segunda Guerra Mundial. O autor de Os Reis Malditos passou a sua infância na Normandia e fez os seus estudos secundários no Liceu Michelet. Laureado do Concurso geral (1936), começou a publicar, à idade de 18 anos, nas revistas e jornais literários e ao mesmo tempo era aluno de Ciências Políticas (1937-1939). Aluno Oficial de Cavalaria na Escola Saumur (1940), participou da Campanha da França. Após a sua desmobilização, permaneceu na zona livre, e lá fez representar a sua primeira peça, Mégarée. Durante a Segunda Guerra Mundial combateu no interior da França até o momento do Armistício (1941). Ingressou então nas forças da Resistência, deixando a França em 1942, atravessando clandestinamente a Espanha e Portugal para ingressar nas fileiras dos serviços de informações da chamada "França Livre", em Londres, trabalhando com De Gaulle. Torna-se Ajudante de Campo do General François de Astier do Vigerie, seguidamente é elevado ao posto "Honra e Pátria" antes de ser encarregado da missão, para o Comissariado do Interior e da Informação; é também correspondente de guerra junto dos exércitos franceses, até ao fim das hostilidades. A partir de 1946, consagra-se à sua carreira literária, recebe o Prêmio Goncourt (1948) por sua novela As Grandes Famílias e diversos prémios prestigiosos pelo conjunto da sua obra. Era conhecido mundialmente pela sua única obra infanto-juvenil, "Tistoulespoucesverts", (No Brasil "O menino do dedo verde") publicada em 1957 com tradução de Dom Marcos Barbosa A 8 de Dezembro de 1966, foi eleito, na Academia Francesa, à poltrona 30, sucedendo Georges Duhamel. Além disso foi Secretário Perpétuo dessa instituição, a partir de 1985, mas escolheu em 1999 renunciar a esta última função, cedendo o lugar a HélèneCarrère de Encausse. Foi Ministro dos Negócios Culturais entre 1973 e 1974 e deputado de Paris de 1978 para 1981. Maurice Druon recebeu a Grande-Cruz da Legião de Honra, era Comendador das Artes e das Letras e titular de muitas outras condecorações. Em 2 de março de 2007, torna-se decano da Academia Francesa, devido à morte do então decano, Henri Troyat. Faleceu em 14 de abril de 2009, em Paris na França com 90 anos. FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Druon Principais obras Maurice Druon escreveu dúzias de livros entre 1942 e 2007, inclusive: Série Os Reis Malditos: retrata os reis franceses do séculos XIV. Parte da trama envolve também os Plantagenetas da Inglaterra, na época ligados à coroa e sucessão francesas por laços de sangue. O Rei de Ferro: Primeiro livro da série,tem como personagem principal o Rei Filipe IV, o Belo e trata do período entre o fim do processo contra os Templários, retratando a aplicação da pena a Jacques de Molay até a morte de Filipe IV. Em francês, recebeu o título Le Roi de Fer. A Rainha Estrangulada: O rei morreu! Viva o rei! Neste segundo livro da série, Druonretrata a subida ao poder de Luís X e todas as estratégias usadas para que ele se case com uma nova esposa. Mostra também o "embate final" entre o Conde de Valois e Marigny. São também integrantes da série "Os Reis Malditos" os livros Os Venenos da Coroa, A Lei dos Varões, A Loba de França, O Lis e o Leão e Um Rei Perde a França. O Menino do Dedo Verde, livro infantil de 1957. As Grandes Famílias, de 1948 Onde viveu o autor Após a leitura da biografia, realizaremos o levantamento prévio dos conhecimentos dos alunos sobre a França, local de nascimento e falecimento de Maurice Druon e inspiração para os principais livros do autor, instigaremos os alunos a lembrarem o último time ganhador da Copa do Mundo, atores, séries e outros conhecimentos que eles possam ter sobre o local. Posteriormente, os alunos farão uma pesquisa virtual sobre a França, Após a pesquisa socializarão as descobertas e coletivamente faremos os registros de maneira a ser combinada com as professoras e os grupos (cartaz, mural, ficha técnica, texto informativo, etc). Durante a leitura A leitura do livro se dará em suas diferentes modalidades, em rodas de leitura; compartilhada, na qual os alunos e o professor farão a leitura juntos; e a leitura individual realizadas pelos alunos na escola ou em suas casas. Após a leitura de cada capítulo alunos e professores apresentarão suas ideias e impressões acerca do que foi lido para que estratégias de atribuições e sentidos sejam explicitadas por todos, possibilitando o intercâmbio de ideias do que foi lido, além de aprofundar a proficiência leitora. Trocando e-mails e informações! Após pesquisas sobre a obra e o autor em sites e redes sociais, para possíveis ideias e informações, encontramos uma foto em uma rede social (Instagram), onde uma pessoa publicou uma foto em que dizia estar com o autor Maurice Druon em uma visita ao Brasil. Entramos em contato com esta pessoa, que é brasileira e mora atualmente em São Paulo, explicamos o motivo de nossa curiosidade e interesse e passamos a trocar mensagens com ela. Segue abaixo a foto e trechos da primeira conversa: Figura 010 – Encontro de Maurice Druon e Maria Conceição no Brasil FONTE: Acevo pessoal de Maria Conceição Figura 011 – Trecho do contato realizado com Maria Conceição FONTE: Acervo pessoal Após este contato, combinamos a troca de e-mail com a Maria Conceição e os alunos, para troca de informações. Faremos um e-mail para essa finalidade, um para cada grupo de quinto ano, e aproveitaremos para convidar Conceição para uma videoconferência, na qual os alunos terão a oportunidade de fazerem perguntas e vivenciarem uma nova experiência. Se for possível a videoconferência, faremos uma preparação com os alunos com um profissional da secretaria da Educação, que se disponibilizou a nos ajudar. Fazendo gentileza: Durante a leitura e inspirado na narração, faremos diferentes propostas aos alunos para que façamos pequenas gentilezas às pessoas na qual convivemos na escola. Proporemos aos alunos que façam cartões em formato de coração e tragam flores para serem distribuídas para os funcionários da escola. Após as ações feitas na escola, faremos propostas para que eles tenham essas atitudes com a família, na comunidade onde moram e em locais que eles saibam que possam fazer a diferença. Posteriormente, socializaremos as ações e o que foi possível observar durante essas experiências. Com o objetivo de estimular os alunos, traremos algumas matérias e filmes que mostram atitudes de pessoas que transformaram espaços e vida, algumas famosas pelo que fizeram, outras anônimas. Ainda durante a leitura faremos rodas, para que façamos reflexões sobre cada capítulo lido, expressões utilizadas pelo autor, entre outras observações pertinentes para cada momento. “Em que você está pensando Tistu? – perguntou-lhe um dia Dona Mamãe. Tistu respondeu: - Estou pensando que o mundo podia ser bem melhor do que é.” (DRUON, 2007, p. 67). Atividades Pós-Leitura Produção de resenha escrita e indicação literária em vídeo, que serão publicados virtualmente em redes sociais e canal de vídeos. Realizaremos também um Quis com perguntas sobre o autor, obra e a história lida, com premiação para os melhores alunos. Segue sugestão de site que contém Quis sobre este título: https://rachacuca.com.br/quiz/1503/o-menino-do-dedo-verde/ Para finalizar o projeto, colocaremos em prática o que aprendemos com Tistu! Os alunos deverão trazer ideias de ações coletivas que possamos realizar na escola, comunidade ou em algum local da cidade, buscando trazer algum tipo de benefício, fazendo assim a diferença na vida de alguém. Ressaltamos que essa ação pode ser modificada conforme a necessidade, desejo, ou sugestões dos alunos a cada ano. Faremos a construção das etapas e das estratégias deste produto final, coletivamente com os alunos após a escolha da ação que será realizada, sendo assim, esta atividade será descrita posteriormente. Observação: No projeto realizado em 2019 contamos com uma ação na praça Toledo Barros, na qual as crianças apresentaram dança de roda, ensaiada com professor do projeto Igor. As crianças foram separadas em grupos, que se revezavam entre dança e entrega de balões em formato de coração, que traziam frases retiradas do livro e mensagens motivadoras. “Uma ideia que se instala em uma cabeça em breve se torna uma resolução. E uma resolução só nos deixa em paz quando a pomos em prática.” Figura 012 – Capa do livro O menino do dedo verde. ? Material complementar para o professor. George R.R. Martin reconhece Maurice Druon como seu herói Maurice Druon (1918 – 2009) foi membro da Academia Francesa de Letras e, em 1955, começou a escrever a série Os Reis Malditos, composta por sete livros que relatam a história da monarquia francesa. Considerada pela crítica especializada como a mais importante saga histórica de todos os tempos, ela retrata a sucessão dos reis franceses no século XIV. O primeiro livro, O Rei de Ferro, relata o reinado do rei Felipe IV, também conhecido com O Belo, e sua implacável perseguição à Ordem dos Cavaleiros Templários, na França do século XIV. Segundo bem destacou a galera do Garimpo Literário, a história inicia-se já nos processos finais contra os cavaleiros templários, dos quais haviam sobrevivido apenas alguns representantes da Ordem – agora prisioneiros do rei – entre eles, o grão-mestre Jacques de Molay. A história foi traduzida para mais de 30 línguas e ganhou duas adaptações para televisão francesa: em 1972 e em 2005. Com sua narrativa envolvente, Druon mescla fatos históricos e ficcionais, dando-nos, assim, uma verdadeira aula de história medieval. Podemos conhecer muito bem os costumes, a política, a influência da Igreja e as conspirações que havia dentro do império francês. Não é à toa que George R.R. Martin considera a coleção como a “original Guerra dos Tronos”. Em texto para o The Guardian, o autor ressalta a maestria de Maurice Druon e lamenta não ter tido a chance de conhecê-lo em vida. Ele ainda relata a dificuldade de encontrar as edições novas traduzidas e, por isso, tem investido na reimpressão para trazer Os Reis Malditos de volta aos catálogos. Aqui no Brasil a série é publicada pela Editora Bertrand Brasil. Além das sete obras, Druon ainda é muito conhecido pelo seu único livro infantil, o clássico O menino do dedo verde. Segundo Dom Marcos Barbosa, tradutor do livro para o português, “a obra não transcende apenas as fronteiras dos países, mas também as fronteiras das idades.” https://blog.estantevirtual.com.br/2016/12/20/maurice-druon-o-autor-que-inspirou-game-of-thrones/ ? Matéria que traz exemplos de pessoas que com pequenos atos, fizeram a diferença. https://universidadedamudanca.com/15-historias-mostram-que-pequenos-atos-mudam-o-mundo/ Figura 014 – Histórias de crianças que fizeram a diferença. (FONTE: imagem retirada da internet) http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=7049 Figura 015 – Personalidades que fizeram a diferença no mundo. (FONTE: imagem retirada da internet) https://exame.abril.com.br/mundo/10-pessoas-que-fizeram-a-diferenca-em-2015/ FILMES Delicado e encantador, o longa conta a história de um casal estéril que em determinada noite, numa espécie de brincadeira carregada de emoções, depositam numa caixinha todos os seus sonhos e desejos, bem como características e peculiaridades, relacionados ao filho que não podiam ter, e depois enterram a caixinha no jardim. Misteriosamente no meio da noite, um garoto sujo de terra aparece na casa do casal e se apresenta como Timothy. Aparentando uns 10 anos de idade, o garoto simplesmente parece à vontade naquela casa e com o casal que logo passa a chamar de papai e mamãe. Sem terem como explicar aos familiares como, tão de repente, Timothy apareceu em suas vidas, eles encaram essa experiência como um “pequeno milagre” que veio para lhes ensinar sobre constituir e cuidar de uma família. Figura 016 – A estranha vida de Timothy Green. (FONTE: imagem retirada da internet) Sofia (Letícia Braga) é uma menina de sete anos que apresenta comportamento considerado fora do padrão, na escola e em sua relação com os adultos. Sua mãe (Fernanda Machado), a executiva Luciana, acredita que ela tem algo especial que a faz curar as pessoas. Quando vai morar com o pai, Ricardo (Murilo Rosa), um jornalista competente e racional, começa a provocar mudanças nas relações familiares, obrigando todos ao seu redor a repensarem suas vidas. Sofia é representante de uma nova geração de crianças chamadas de índigos, que, acredita-se, têm potenciais transformadores da sociedade. Figura 017 – A menina índigo (FONTE: imagem retirada da internet) Eugene Simonet (Kevin Spacey), um professor de Estudos Sociais, faz um desafio aos seus alunos em uma de suas aulas: que eles criem algo que possa mudar o mundo. Trevor McKinney (Haley Joel Osment), um de seus alunos e incentivado pelo desafio do professor, cria um novo jogo, chamado "pay it forward", em que a cada favor que recebe você retribui a três outras pessoas. Surpreendentemente, a ideia funciona, ajudando o próprio Eugene a se desvencilhar de segredos do passado e também a mãe de Trevor, Arlene (Helen Hunt), a encontrar um novo sentido em sua vida Figura 018 – A corrente do bem (FONTE: imagem retirada da internet) ?

    O impacto desse projeto no envolvimento e desempenho dos alunos é merecedor de atenção, pois envolveu habilidades que foram além da leitura do título. As atividades desenvolvidas mostraram-se um instrumento, no qual pudemos constatar não só a compreensão do que era lido, mas também uma efetiva e significativa consolidação de diferentes conteúdos que transcenderam a proposta inicial. Cada etapa desse projeto mostrou-se importante, sendo ela, o preparo prévio para a leitura, as discussões das atividades práticas desenvolvidas no decorrer dos capítulos. No entanto, salientamos que o estudo, o preparo, o planejamento e principalmente o engajamento dos profissionais envolvidos fizeram toda a diferença nos resultados obtidos. Faz-se necessário destacar os benefícios proporcionados pela leitura, como o aprimoramento do vocabulário dos alunos, constatados em atividades escritas e durante as discussões, no quais eram desafiados a sustentarem suas opiniões, e a compreensão do que era lido nos diferentes temas abordados nos capítulos. Ressaltamos que até mesmo os alunos que não conquistaram a base alfabética de escrita e que não apresentam leitura fluente apresentaram avanços, pois participaram das atividades contando com apoio dos colegas e do professor durante a leitura, atribuindo o sentido do texto, ouvindo ou comentando aquilo que foi lido, podendo ampliar, modificar, e reforçar seu ponto de vista, além de ampliar sua própria interpretação. A cumplicidade entre os alunos e o livro foram alicerçadas pelo prazer, o qual só a leitura pode proporcionar. Após essa percepção deu-se a compreensão do quanto ela é importante para o cotidiano de todo ser humano que passa a desenvolver-se como leitor, escritor e principalmente como individuo ativo na sociedade.

    ? MARTINS, Maria Helena – O que é leitura – São Paulo, Brasiliense, 1999. ? GOOGLE Imagens, base de dados de para pesquisa das imagens retirada da internet. Acessado em julho de 2019. Acesso em https://www.google.com.br ? MOUTINHO, José Geraldo Nogueira - Um acontecimento a destacar. Folha de São Paulo. São Paulo, 1973. ? WIKIPEDIA, base de dados para pesquisa dobre Maurice Druon. Acessado em julho de 2019. Acesso em https://pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Druon ? Resenha escrita por um leitor publicada em rede social. Acesso em julho de 2019. Acesso em https://www.skoob.com.br/livro/resenhas/1268/mais-comentadas/ ? Indicação literária feita por uma professora. Acesso em julho de 2019. Acessado em http://www.brasilsolidario.org.br/blog/?p=51278 ? DRUON, Maurice – O menino do dedo verde. Edição 81°, Brasil, 2007. ? Quis sobre este título. Acesso em julho de 2019. Acessado em https://rachacuca.com.br/quiz/1503/o-menino-do-dedo-verde/ ? Blog Estante Virtual. Acessado em julho de 2019. Acesso em https://blog.estantevirtual.com.br/2016/12/20/maurice-druon-o-autor-que-inspirou-game-of-thrones/, ? Site Universidade da mudança. Acessado em julho de 2019. Acessado em https://universidadedamudanca.com/15-historias-mostram-que-pequenos-atos-mudam-o-mundo/ ? Site Tudo por e-mail. Histórias de crianças que fizeram a diferença. Acessado em julho de 2019. Acessado em http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=7049 ? Site Exame Abril. Personalidades que fizeram a diferença no mundo. Acessado em junho de 2019. Acessado em https://exame.abril.com.br/mundo/10-pessoas-que-fizeram-a-diferenca-em-2015/

     
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