NOME DO PROFESSOR(A): JOSE VICTOR SOUZA GALLO

UNIDADE ESCOLAR: EMEIEF RAQUEL AP. GONÇALVES FRANCESCHI, PROFA.

TÍTULO: DA AUTOCRACIA À DEMOCRACIA: CARACTERIZANDO REGIMES A PARTIR DE JOGOS.

TEMPO: 12 aulas de 50 minutos

INTRODUÇÃO: As atividades desta sequência didática têm o objetivo de estimular a compreensão das formas de organização política da sociedade. É fundamental que o aluno compreenda a noção de Estado e o porquê da sua necessidade. Além disso, é necessário que o aluno consiga entender que a democracia é uma construção social e que houve momentos da história que só uma pessoa tomava as decisões que atingiam a todos.

OBJETIVO: Compreender a definição de Estado; Estabelecer relação entre o Estado na Antiguidade (autocrático e religioso) e as formas contemporâneas de organização do Estado (democracias representativas); Compreender a necessidade de constituição do Estado enquanto forma de organização político-social; Explorar jogos digitais e desenvolver jogos de cartas com manuais de instruções, a partir da temática exposta.

CONTEÚDO: História: Organização social e política das sociedades: noções de Estado; Língua Portuguesa: Exposição de maneira clara, sequenciada do conteúdo que foi estudado (exposição oral); Respeito às regras de interação discursiva; e Leitura colaborativa com os colegas e pelo professor, Produção de textos de autoria: texto instrucional.

ENCAMINHAMENTOS: Primeiramente o professor deverá organizar uma roda de discussão com os alunos para verificar os conhecimentos prévios sobre o tema, questionando-os se eles sabem o que significa a palavra “autocracia” e “democracia”. Em seguida o professor sintetizará a discussão dizendo que autocracia e democracia são duas maneiras da sociedade se organizar politicamente. Para deixar mais claro, o professor fará a leitura do livro “Quem manda aqui? Um livro sobre política para crianças”. O livro não traz respostas prontas, mas convida a pensar sobre diversas formas de organização social. Após a leitura o professor retornará dois questionamentos para a roda: Quais trechos da história podem ser considerados como parte de um regime autocrata? E quais se aproximam de um regime democrático? É importante considerar com os alunos que a vida em uma sociedade sedentária levou à formação do Estado. Apesar de ser um conteúdo que traz um leque de abordagens extensas, é necessário ter em mente que para este ano de escolaridade, basta que o aluno reconheça que a vida em sociedade exige algumas regras de convivência e um poder (o governo) que dirige as decisões da sociedade. Para aprofundar a discussão, em outro momento, o professor utilizará como apoio os textos do capítulo 3, intitulado “Onde nasceu a noção de política” e “Outros modos de organizar a sociedade”, que buscará estabelecer relações com os conteúdos já trabalhados no primeiro trimestre. Nesse momento, deverá fazer a leitura em voz alta de forma colaborativa. Em seguida, no capítulo 4, far-se-á a leitura compartilhada do texto intitulado “As aldeias que se tornam Estados”. Os textos de ambas as situações estão presentes no livro didático de História da Coleção Akpalô. O último texto faz uma distinção de nação e Estado; Monarquia Antiga e Moderna, e República. Para completar esta segunda etapa deve-se realizar algumas questões de interpretação textual, com o objetivo de localizar informações explícitas e implícitas no texto. No terceiro momento da sequência, será explicado algumas características de um regime democrático como: a) livre participação dos governados nas decisões fundamentais dos governantes, que agem como verdadeiros mandatários; b) eleições livres e periódicas; e c) garantias legais de efetiva proteção aos direitos dos cidadãos. Ao explicar estas características, o professor construirá na lousa com o auxílio dos alunos um quadro comparativo entre regimes autocráticos e democráticos. Após, pedirá que eles apontem as características, discutiremos se os apontamentos se validam ou não, e caso validado, registrarei na lousa. Este quadro os alunos deverão copiar no caderno. Em seguida, o professor levará os alunos ao auditório da escola para conhecer o jogo para computador chamado “Democracy 3”, que é um jogo de simulação de governo. O jogador deve introduzir e alterar políticas públicas em sete áreas - impostos, economia, bem-estar, política externa, transporte, lei e ordem e serviços públicos. Cada política afeta a felicidade de vários grupos eleitorais, além de afetar fatores como o crime e a qualidade do ar. O jogador tem que lidar com "situações", que normalmente são problemas como protestos a gasolina ou falta de moradia, e também tem que tomar decisões sobre dilemas que surgem a cada turno. Nesta primeira aproximação, o professor mostrará como se desenvolve o jogo e explicará alguns pontos que talvez não seja de fácil compreensão para os alunos. Em uma aula seguinte os alunos serão levados para o laboratório de informática para que em duplas possam jogar uma partida de “Democracy 3”. A atividade deve ser em dupla por duas razões: não são todos os laboratórios de informática de nossas U.Es que possuem um computador por aluno e o jogo, por vezes, pode ser considerado complexo para ser jogado individualmente, por isso, entende-se que em dupla os alunos tomem decisões conjuntas sobre as ações que poderá levar a uma vitória ou não do jogo. Ao voltar para sala o professor com os alunos formará uma roda para debater as dificuldades e impressões sobre o jogo e de como é ter a responsabilidade de um presidente. Neste momento o professor deverá abordar que o Estado tem por de traz dele um agente que deve conduzir as ações de maneira que pense em toda a população residente nele e que a depender das ações que tomar irá prejudicar o país ou conduzir para um bom desenvolvimento. Para esta sequência pensou-se em duas propostas de produto final. O primeiro diz respeito à constituição na sala de aula de uma assembleia de classe, aonde os alunos deverão colocar em prática aquilo que compreenderam a respeito de um regime democrático, partindo do ponto em que os alunos precisam ter a noção que eles compõem um grupo em que as ações de um determinado integrante possa a vir prejudicar os demais e que as decisões sobre as questões relacionadas a sala podem ser tomadas em conjunto, tornando assim um momento em que todos possam falar sobre quaisquer aspectos referentes à convivência do grupo e também como um espaço aberto para a discussão e o levantamento de soluções, acordos ou regras, como forma de resolução dos conflitos. A segunda proposta vai de encontro a necessidade de organização de uma Feira de Ciências. Para esta feira, pensou-se na criação de jogos de cartas. Sendo assim, a sala será dividida em cinco grupos e cada grupo será responsável pela criação de um jogo que deverá ter no máximo 25 cartas envolvendo perguntas e respostas sobre o assunto até aqui estudado. O jogo deverá ter um manual que explique detalhadamente como deve ser jogado e a quantidade mínima e máxima de jogadores. Para que os alunos tenham uma base de como desenvolver o jogo o professor deverá levar para a sala um exemplo de jogo de cartas. Ao final, o jogo será todo digitado e impresso para cada aluno da turma levar embora. Para a feira, os alunos deverão se organizar para explicar no dia da apresentação o que aprendeu sobre regimes autocráticos e democráticos e deverá explicar como se dá o jogo que foi desenvolvido.

CONSIDERAÇÕES: Ao final desta sequência didática os alunos foram capazes de compreender o conceito de Estado enquanto estrutura que compõe uma nação e os tipos de organizações políticas (autocráticas e democráticas), bem como experienciar a democracia a partir da constituição da Assembleia de Classe e do jogo digital.

REFERÊNCIAS: CAMARGO, R. WELLINGTON, S. Akpalô: Historia, 5º ano – 2ed. – São Paulo: Editora do Brasil, 2014. LIMEIRA. Secretaria Municipal da Educação. Currículo da Rede Municipal de Ensino de Limeira. Limeira, SP, 2019. POSITECH GAMES (Reino Unido). Democracy 3: social Engineering. Versão 1.34. [S. l.]: Positech, 2013. 1 CD-ROM. RODRIGUES, André (et. al.). Quem manda aqui?: um livro sobre política para Crianças. 1a ed. — São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2015.